quarta-feira, 10 de setembro de 2008

SEGURANÇA PARA OS ALUNOS EXIGE TOLERÂNCIA ZERO

Ínício do Ano Lectivo
A FENEI/SINDEP aplaude a oferta do passe escolar 4_18@escola.tp, destinada aos estudantes dos 4 aos 18 anos, que permite um desconto de 50% na aquisição do mesmo. Contudo, apesar deste plano de apoio social às famílias nas deslocações dos seus filhos para a escola – até o próprio Ministério da Educação (ME) o defende como "uma medida que pretende incentivar, desde a infância, a utilização regular dos transportes colectivos como alternativa aos transportes individuais" –, o ME está a descuidar a onda de violência que disparou e a segurança dos alunos.
É preciso ter presente que as agressões, furtos e crimes de ofensa à integridade física no exterior das escolas aumentaram no último ano lectivo. Face à actual situação de insegurança pública, é legítimo que os encarregados de educação, no começo deste ano lectivo, estejam preocupados com a segurança dos seus filhos. Não basta lançar propaganda para a opinião pública e esquecer a violência que se vive no espaço circundante às escolas. Em todo o país, são apenas 328 agentes da PSP que se encontram ao serviço do programa "Escola Segura", que fazem a cobertura policial nos arredores de mais de três mil escolas. 

Até parece ser suficiente: é o próprio subintendente da PSP a afirmar que aumentou o sentimento de segurança nos membros da comunidade escolar com a diminuição de roubos, lembrando que, nestes crimes, "muitas vezes são usadas armas brancas, sendo raro o uso de armas de fogo". Até parece que já é positivo não se utilizarem armas de fogo, quando estamos a falar de jovens agredidos entre os 8 e os 14 anos, aqueles que são incentivados a utilizar regularmente os transportes públicos.

Face a este quadro, que no início deste ano lectivo, se pode tornar aterrador para as nossas crianças e famílias, resta-nos aconselhar os nossos filhos a:
- utilizar os transportes públicos, porque só pagamos 50% do passe social;
- demovê-los de usar, na escola, roupa de marca;
- a não levar telemóveis, coibindo, assim, a possibilidade de podermos comunicar com os nossos filhos. Tudo isto para que os nossos jovens não se tornem presas fáceis à saída da escola, a caminho da paragem do transporte público mais próximo.

A violência começa na permissividade educativa, por isso vamos propor ao ME e esperar que, nas escolas e na família, haja tolerância zero para com a agressividade e a pequena violência, para que a escola seja segura, a família se sinta segura e a sociedade esteja segura, porque a segurança também se faz com medidas de prevenção. 

Lisboa, 9 de Setembro de 2008
O presidente da FENEI E Secretário-geral do SINDEP Carlos Alberto Chagas

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